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Reflexões úteis sobre gestão e liderança

Checklist de liderança

Estava organizando algumas pastas e arquivos e me deparei com uma pérola de liderança. Um email que salvei em Word, que data de 18 de março de 2010. Contra a atual cultura do futurismo e de que a vida é igual a macarrão instantâneo (basta fazer um curso ou ler um livro – ou parte deles – fazer uma publicação nas redes sociais e o sucesso está pronto – ou pelo menos aparentemente), compartilho esse conteúdo para que siga vivo e contribuindo para os líderes que desejam genuinamente empreender.

Isso se torna ainda mais oportuno porque, diante da qualidade desse datado email que encontrei, busquei saber por onde andam seus autores: Robert Heller e Edward De Bono. Eis que, para nossa tristeza, faleceram respectivamente em 2012 e 2020, mas ainda possuem (alguma) vida digital imortalizada em seu site: https://www.leadershipreview.net

O texto que se segue é tradução livre das principais ideias do referido email. Você vai me agradecer ao final por ter compartilhado!

Inteligência de gestão: uma lista de verificação comprovada para o sucesso dos negócios

Caro colega gestor,

Certa vez, fiquei encantado quando um leitor me agradeceu pelo milhão que ganhou com um pedaço de meu conselho de administração. Fiquei emocionado, mais tarde, quando outro leitor atribuiu seu sucesso na construção de um empreendimento líder de mercado nacional em obediência aos preceitos que forneci como uma lista de verificação para o sucesso (que você encontrará mais adiante nesta carta).

Ainda mais tarde, pensei sobre esses dois casos comoventes e pensei, nunca se esqueça, é a Chave de Ouro para o sucesso empresarial e gerencial. Claramente, os dois leitores foram altamente excepcionais. Mas o que realmente os distinguia de outras pessoas menos bem-sucedidas que ouviram ou leram as mesmas ideias e instruções?

A dificuldade ou diferença não estava no que eu escrevi e disse. Também não houve nenhum problema em entender essas mensagens muito claras. Essas pessoas, eu tinha certeza, sabiam o que fazer e, além disso, como fazer. Mas, ao contrário dos dois sucessos, eles perderam uma necessidade absoluta.

Eles não fizeram nada.

Um momento de reflexão (essa palavra-chave novamente) é tudo que você precisa para ver que essa inação não é uma maneira de vencer. Edward de Bono, o pai do pensamento lateral, destaca essa mesma deficiência com relação à criatividade. As pessoas falam sobre sua necessidade, mas não agem para explorar seus próprios poderes criativos por todos os tipos de razões ilusórias, incluindo a visão errônea de que não possuem tal talento. Você faz isso.

Quando me reuni com Edward para produzir essa carta, nosso objetivo era transformar os demais em campeões, combinando o melhor da teoria e da prática do pensamento com um guia revelador para usar as melhores receitas e recomendações de gerenciamento e evitar os piores modismos.

Mesmo uma verdade genuína se torna uma moda passageira se você acredita que é A Grande Ideia. Tal coisa não existe, ou nunca existirá. Isso porque uma boa gestão não lida com absolutos. Sempre envolve trocas, concessões e mudanças. Para ficar a par dos desafios, seu pensamento e as ações resultantes precisam ser flexíveis e RÁPIDOS. Você não quer esperar que os outros o ultrapassem: ou, pior, não quer que estabeleçam uma liderança dominante sobre você desde o início.

Isso é o que você quer fazer com eles!

É por isso que as lições de pensamento de Edward são tão importantes. Encontrei-o pela primeira vez em uma série de jantares cujo objetivo era explorar as possibilidades e a promessa de pensar construtivamente sobre o próprio processo de pensamento. Em um desses jantares, a discussão girou em torno de assumir riscos. Você poderia ensinar os gerentes a pensar e agir com mais ousadia, a assumir riscos cada vez maiores?

À minha frente, estavam sentados três multimilionários por conta própria. Eu não podia deixar a oportunidade passar. Será que eles já correram riscos? Como homens, eles responderam: Não. O que isso significa? Como você pode ser um empreendedor de sucesso sem correr riscos?

A solução para esse enigma tem um valor profundo. Esses homens conheciam seus mercados e suas missões de dentro para fora. Eles acreditavam firmemente que seus empreendimentos não eram nada arriscados. Longe disso: eram coisas certas, com certeza de sucesso. Eles estavam preparados para fazer tudo e qualquer coisa, enquanto executavam seus planos, para garantir que uma execução ruim não arruinasse um bom empreendimento.

Assim o problema desaparece. A genialidade dos grandes empreendedores está em reduzir as probabilidades. Eles não apostam em tiros de longa distância porque, como o pensamento daquele momento mostrará, novamente, isso é um engano.

Considere Bill Gates. Ele estava no lugar certo na hora certa quando a IBM veio pedir software para o computador pessoal (PC) que projetara. Mas por que e como Gates estava lá? Porque, muito antes de seu cliente gigante, ele sabia que trabalhar para colocar um PC em cada mesa não era um risco, mas a mais segura das coisas.

Feche os olhos e coloque-se na mesma posição que o muito jovem Sr. Gates. Você teria argumentado contra a proposta dele? Em retrospectiva, não era a mais óbvia das previsões, mesmo para alguém sem a experiência tecnológica de Gates? Mas observe que os gigantes da tecnologia, até mesmo a IBM, não conseguiram entender o significado total do PC, deixando o caminho livre para Gates se tornar facilmente o homem mais rico do mundo.

Cá entre nós, Edward e eu escrevemos mais de 100 livros. Esta CARTA combina o melhor do que aprendemos e ensinamos ao escrever esses livros e continuamente chama sua atenção para as novas tendências, pensamentos e ações que estão ampliando suas possibilidades futuras o tempo todo. Os elementos mais valiosos do futuro estão bem diante de seus olhos no passado, que ensina as verdades eternas da gestão empresarial, e no presente, onde você testa sua prática contra esses preceitos.

A lista de verificação que prometi ajuda você a fazer exatamente isso. Aqui está. VOCÊ…

1. MELHORA continuamente as eficiências básicas e suas medidas?

2. PENSA simples e diretamente sobre o que você está fazendo e por quê?

3. COMPORTA-SE com os outros como você deseja que eles se comportem com você?

4. AVALIA cada negócio e oportunidade de negócio com total objetividade baseada em fatos?

5. CONCENTRA-SE no que você faz bem?

6. FAZ perguntas incessantemente sobre desempenho, mercados e objetivos?

7. GANHA DINHEIRO – sabendo que, se você não fizer isso, não poderá ganhar mais nada?

8. ECONOMIZA sempre buscando Limo (Menor Entrada para Maior Saída)?

9. HORIZONTALIZA a organização para espalhar autoridade e responsabilidade?

10. ADMITE suas próprias falhas e deficiências e corrigi-las?

11. COMPARTILHA os benefícios do sucesso com todos aqueles que ajudaram a alcançá-lo?

12. APERFEIÇOA a organização onde e quando pode, porque a familiaridade gera desleixo?

13. PERMITE que todos otimizem sua contribuição individual e em grupo?

14. SERVE seus clientes com todas as suas exigências com padrões de excelência percebida em qualidade?

15. TRANSFORMA o desempenho inovando criativamente em produtos e processos incluindo os processos de gestão?

Se você marcou 15 de 15, quem você está enganando? Há sempre áreas de fraqueza. Com 10 respostas SIM, você está indo bem, mas com muito pelo que se esforçar. Com 5 ou menos, seus padrões o decepcionarão e decepcionarão seus colegas. Essas questões penetram no cerne da gestão bem-sucedida. Eles passaram, e passarão, no teste do tempo.

Em inglês, eles também formam um acrônimo: IT BECAME FASTEST (improve, think behave, evaluate, concentrate, ask, make money, economise, flatten, admit).

Hoje a velocidade é essencial, como nunca antes. E isso significa acima de tudo rapidez de resposta ponderada, comprometida e decisiva.

Então faça – MAIS RÁPIDO.

E então, valeu ou não valeu a pena ler toda a carta?

😉

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